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Educação

Diploma e medalha: a forte relação do esporte com as universidades nos EUA

Dos 555 convocados para a delegação americana, 440 praticam ou praticaram esportes universitários. Veja algumas curiosidades sobre a maior potência olímpica

Um atleta formado nos Estados Unidos carrega com ele uma essência esportiva forjada ainda quando criança. Associar os estudos e uma carreira vitoriosa em quadras, pistas, campos ou piscinas é algo comum, tratado como corriqueiro em uma potência olímpica. A relação entre as universidades e essas conquistas é intensa. Tão grande que 440 dos 555 convocados (79%) para os Jogos do Rio de Janeiro praticaram ou ainda praticam alguma modalidade em nível universitário.

Nomes de peso fizeram carreira universitária. Desde a tricampeã olímpica do vôlei de praia Kerry Walsh-Jennings, que passou quatro anos vitoriosos em UCLA na quadra, até os astros da seleção masculina de basquete, todos com passado em universidades.

- Eu joguei na quadra na UCLA e foi uma experiência maravilhosa. É sua primeira introdução ao esporte e aos treinamentos. Me ensinou o que é ser uma atleta. E agora tem vôlei de praia lá, estou um tanto enciumada (risos). Fico feliz com a oportunidade para os atletas e que isso esteja disponível para eles. Todo o trabalho duro na universidade realmente vale a pena. Eu fico muito ansiosa para ver o desenvolvimento dos jovens atletas e o que teremos no futuro - disse Lauren Fendrick, outra americana do vôlei de praia nos Jogos do Rio.

Esse benefício do estudo aliado ao esporte não é apenas exclusividade dos americanos. Eles oferecem a oportunidade para estrangeiros. Nomes de peso do esporte mundial passaram por suas universidades, estudando e competindo. Inclusive brasileiros, como a goleira da seleção feminina de futebol Aline Reis, que agora trabalha como preparadora de goleiras em UCLA.
 
- A diferença mais forte é a cultura. Lá, a galera ama o esporte. Todo mundo dá muito valor. Os pais querem que os filhos pratiquem esporte porque veem vantagem nisso, não só no ganhar a medalha ou se tornar um atleta profissional, mas o fato de se praticar o esporte e aprender muita coisa no esporte coletivo, principalmente. A diferença cultural é gigantesca. Começa desde as meninas com cinco, seis anos de idade já fazendo parte de times e praticando futebol - afirmou Aline.

 

O peso é grande em relação ao que as universidades apresentam para os atletas em estrutura, melhor do que a da maioria dos clubes brasileiros. A Universidade de Phoenix, por exemplo, da o seu nome ao estádio que recebeu o Super Bowl de 2015, e o ginásio da UNLV, em Las Vegas, foi sede do período de treinamento da seleção americana de basquete antes dos Jogos do Rio.

- A universidade foi uma experiência incrível na minha vida. Foram os melhores anos. Se pudesse teria ficado os quatro anos lá, mas tomei a decisão de sair para virar profissional. Se você for um jovem jogador e quiser ter tudo à disposição, está lá. Tratam você como o melhor e ainda dão educação - comentou Domantas Sabonis, filho de Arvydas Sabonis, jogador da seleção de basquete da Lituânia, que assinou contrato com o Oklahoma City Thunder para disputar a próxima temporada da NBA.

Confira abaixo algumas curiosidades sobre a equipe olímpica americana para os Jogos do Rio:

MAIS MULHERES

Dos 555 membros da delegação americana para os Jogos do Rio de Janeiro, 292 são mulheres. Recorde da competição, superando as 289 da China em 2008. O Brasil, por exemplo, terá 209 em 462 classificados.

100% UNIVERSIDADE

Oito esportes contam apenas com jogadores que disputaram ou ainda disputam campeonatos universitários. Basquete (24), saltos ornamentais (10), esgrima (14), hóquei sobre grama (16), vôlei (24), remo (41), triatlo (6) e polo aquático (21).

DOMÍNIO CALIFORNIANO

Estão representados 46 dos 50 estados americanos, sendo que a Califórnia conta com 125 atletas. Em segundo lugar, vem a Flórida, com 40, seguida do Texas, com 33.

ATLETISMO

A equipe de atletismo dos Estados Unidos definida em uma seletiva no país conta com 17 atletas ainda cursando universidades. Entre eles, Devon Allen, vencedor dos 110m com barreiras na competição que lhe deu a vaga para os Jogos Olímpicos do Rio, que também defende Oregon no futebol americano com expectativa de se tornar profissional.

CONTRASTE NO FUTEBOL

Enquanto o Brasil sofre com a dificuldade dos jogadores de futebol em completar seus estudos, a seleção feminina dos Estados Unidos estreia nesta quarta-feira, para enfrentar a Nova Zelândia, às 19h (de Brasília), com apenas uma das 18 jogadoras sem formação universitária. Lindsey Horan é a única a não ter feito faculdade, recusando uma bolsa integral de North Carolina para assinar um contrato profissional com o Paris Saint-Germain.

SUCESSO EM 2012

A delegação americana em Londres contou com 530 atletas. Deste número, 118 medalhistas do país na competição haviam cursado ou estavam cursando uma universidade.

MUDANÇA DE ESPORTE

Alguns esportes não fazem parte da programação da principal organização esportiva universitária dos Estados Unidos (NCAA). Com isso, alguns atletas acabam mudando de modalidade depois de formados em busca de uma chance de participar dos Jogos Olímpicos. Jogadora da seleção de rugby, Ryan Carlyle praticou softball na universidade. O esporte foi excluído do programa olímpico recentemente. Campeão do Super Bowl com o New England Patriots em 2015, Nate Ebner entrou para o time de rugby Sevens.

SEM UNIVERSITÁRIOS

 

A equipe feminina de ginástica normalmente não tem relação com universidades pela idade das atletas - muito novas. Alisa Kano está listada como aluna de Oakton Community College, mas não pratica a modalidade na faculdade. Badminton, judô, pentatlo moderno e tiro com arco são outras modalidades que fogem dessa relação.




Link: http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/08/diploma-e-medalha-forte-relacao-do-esporte-com-universidades-nos-eua.html

Site: http://globoesporte.globo.com/

Autor: Thales Soares

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